O Brasil está dando passos significativos na adoção de uma identidade digital descentralizada (IDD), uma tecnologia promissora que visa aumentar a segurança, a privacidade e a eficiência na comprovação de identidades. Diversas iniciativas público-privadas estão em andamento, envolvendo órgãos governamentais como o Serpro e o Ministério da Gestão e Inovação, e empresas como Bradesco e CPQD, para implementar essa nova abordagem.
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Principais Avanços e Benefícios
- Segurança e Prevenção de Fraudes: A IDD, baseada em blockchain, oferece um sistema mais seguro e imutável, dificultando golpes e fraudes cibernéticas.
- Controle do Usuário: O indivíduo detém o controle sobre seus dados, decidindo com quem compartilhá-los e quando.
- Redução de Custos: Empresas podem economizar bilhões em processos de comprovação de identidade.
- Eficiência em Transações: Simplifica processos como abertura de contas, aprovação de transações e contratação de serviços.
- Conformidade com a LGPD: A tecnologia permite o controle de dados, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados.
Iniciativas Governamentais
O Serpro, empresa de TI do Governo Federal, tem apostado na identidade digital descentralizada como uma forma de garantir maior privacidade e controle aos cidadãos. A Carteira de Identidade Nacional (CIN), integrada à plataforma gov.br, já utiliza blockchain para eliminar fraudes e duplicidade de documentos, centralizando o CPF como referência.
Adicionalmente, a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Gestão e Inovação (SGD/MGI), em parceria com o CPQD, está testando um projeto piloto de IDD no portal gov.br. O objetivo é substituir o tradicional login e senha por credenciais verificáveis, tornando o acesso aos serviços digitais mais ágil e seguro. Este projeto, com duração prevista de dois anos, visa explorar a viabilidade da tecnologia em uma unidade da administração pública federal.
Participação do Setor Privado
O setor privado também está engajado na adoção da IDD. O Bradesco tem desenvolvido um projeto piloto utilizando blockchain, com o objetivo de transformar a forma como os clientes gerenciam e compartilham suas informações. A instituição prevê a implementação da tecnologia em 2025, com casos de uso que incluem a simplificação na abertura de contas, aprovação de transações e contratação de seguros. A tecnologia também está sendo explorada em conjunto com iniciativas do Drex, o Real Digital.
O CPQD, por sua vez, tem sido um importante parceiro em diversas frentes, desenvolvendo soluções e colaborando com o governo e empresas. A operadora de planos de saúde MedSênior, por exemplo, aderiu à identidade digital descentralizada em parceria com o CPQD para otimizar processos relacionados a prontuários eletrônicos e prescrições médicas.
O Futuro da Identidade Digital no Brasil
A identidade digital descentralizada representa um avanço significativo para a segurança e a conveniência no ambiente digital brasileiro. Ao colocar o controle dos dados nas mãos do cidadão e ao oferecer um sistema mais robusto contra fraudes, o Brasil se posiciona na vanguarda da transformação digital, com um modelo que beneficia tanto o governo quanto o setor privado e, principalmente, o cidadão.
Fontes
- Avança tecnologia para identidade descentralizada | Especiais, Valor Econômico.
- Governo testa projeto piloto de identidade digital descentralizada no gov.br, Portal Contabeis.
- Governo testará identidade digital descentralizada no GOV.BR, Mobile Time.
- Identidade descentralizada é a nova aposta do Serpro, Serpro.
- Bradesco prevê implementar identidade digital em blockchain em 2025 | Criptomoedas, Valor Econômico.